Com leis exigentes e defasadas, o Brasil é palco de uma pressão significativa sobre profissionais para trabalharem no regime de Pessoa Jurídica em diversas áreas, sobretudo na de Tecnologia da Informação (T.I).
![Negociando relações de trabalho e salários PJ](https://1.bp.blogspot.com/-m6PZjmuLpnA/UaJu6wITfdI/AAAAAAAAB34/zOMBB7ENqKg/s1600/etica.jpg)
Esse artifício também traz muitas vantagens, tanto para a empresa quanto para seus talentos contratados. Uma das melhores é a parceria que pode se dar entre os dois. A não ocorrência do vínculo empregatício facilita em vários aspectos:
- O profissional arca com a responsabilidade pelo pagamento dos seus tributos e planejamento para o próprio futuro (previdência, aposentadoria, fundo para usar em caso de desemprego, etc.). O ganho mais evidente é conseguir remunerações que superam a dos CLT em 30%, e muitas vezes, até 50%;
- Para a empresa contratante, além de eliminar encargos trabalhistas, é possível notar uma redução de trabalhos do RH com as burocracias da Previdência Social e afins.
Para ambos, a não interferência do Estado nas relações de trabalho gera uma margem de negociação maior e mais rica, podendo até envolver aspectos subjetivos particulares de cada setor ou empresa.
Para estruturar a negociação de uma remuneração como PJ, sugerimos os seguintes critérios, lembrando que todos eles dizem respeito ao acréscimo ou decréscimo do valor faturado pelo profissional em cada mês (exceto o descanso):
- 13º salário – a empresa pode pagar o salário de dezembro dobrado, ou aumentar em 1/12 a remuneração atualmente proposta;
- Férias ou descanso remunerado a cada 12 meses de serviço. Não precisa ser necessariamente de 30 dias;
- Impostos – Normalmente, o profissional recolhe 6% de sua remuneração. Há empresas que já propõem o valor líquido aos candidatos, depositando a carga tributária como adicional;
- Vale alimentação – valor baseado em práticas de mercado e na região. A existência ou não de refeitório ou copa no local é um argumento para balizar esse benefício;
- Vale transporte – baseado no custo de deslocamento entre a residência do profissional e a empresa.
O objetivo desse post não é ensinar os candidatos às vagas a tomarem para si tudo o que seu empregador estaria economizando, mas sim atribuir critérios quantificáveis à negociação salarial, de forma que os dois ganhem. Assim, deixemos as finalidades dos fundos de garantia e previdência por conta do próprio profissional. 🙂
Uma conta mais objetiva é ter em mente que as empresas costumam ter encargos superiores a 100% da remuneração nominal dos funcionários CLT. “Rachar essa diferença” significaria pagar um salário 50% superior, sem maiores discussões.
![André Aranha](http://www.contratopj.com.br/wp-content/plugins/a3-lazy-load/assets/images/lazy_placeholder.gif)
Profissional de TI desde 2007 | MCP | PMP | PSM I | PSPO I | CEA
Graduado em Sistemas de Informação pelo Mackenzie e pós graduado em Gerenciamento de Projetos pela FIAP.
📖Autor do livro Trabalhando como PJ: O Guia Prático da Pejotização.