Minha experiência com o Banco Inter

No post anterior eu comparei quatro bancos digitais que oferecem contas gratuitas para pessoas jurídicas.

Baseado em vários critérios quantitativos e qualitativos, concluí que o Banco Inter é o mais indicado para profissionais PJ e vários tipos de empresas.

A pedido de vocês, leitores, vou compartilhar minha própria experiência com essa instituição.

Minha experiência com o Banco Inter

Para profissionais PJ: antes de abrir conta no novo banco, seja ele qual for, é sempre importante checar com o seu empregador se não há problemas nessa mudança. Se não vai gerar custo de transação para ele.

No meu caso, como a consultoria à qual trabalho paga os funcionários via TED, não lhe faz diferença o banco de destino. Engraçado é que até o dono dessa consultoria resolveu abrir a conta no Inter, meses depois.

Minha conta digital PJ foi aberta pelo Banco Inter no meio de 2018. Como um bom desenvolvedor e gerente de projetos, fiz todos os testes imagináveis antes de encerrar a conta PJ do Itaú.

Paguei boletos, impostos de vários tipos, enviei e recebi TED’s, apliquei dinheiro, resgatei, entrei em todas as telas, e brinquei no bankline até enjoar. Deu tudo certo, e eu “homologuei” o primeiro banco a rodar totalmente na nuvem da Amazon.

Feito isso, enviei os novos dados bancários à consultoria, e meu salário começou a cair na conta PJ do Banco Inter, em vez de no Itaú. Por precaução, fiquei ainda uns dois meses com ambas as contas abertas, rodando em paralelo.

Resumindo, foi uma troca feliz. Além de economizar R$ 800,00 por ano em tarifas inúteis e crescentes, o dinheiro investido em aplicações oferecidas pelo Inter rendem consideravelmente mais do que no bancão.

Posteriormente, achei melhor usar também com a conta digital pessoa física do Banco Inter. Outra conta a menos no Itaú.

Abertura de Conta

Na época em que fiz o processo, as informações do site “assustavam” um pouco, chegando a dar o prazo de 30 dias úteis para avaliação da ficha.

Não sei se é uma forma de eles se resguardarem, ou se a minha foi rápido só por não ter muito o que analisar.

Pelo que me lembro, o processo é dividido em três etapas:

  1. Solicitar convite;
  2. Preencher os dados no site; e
  3. Imprimir, preencher e enviar uma ficha cadastral e outros documentos.

Cada etapa teve um intervalo de 4 ou 5 dias para mim, no máximo.

Só teve um detalhe onde eu errei (atrasando o processo) por não estar devidamente claro nas instruções: o Banco Inter pede que as empresas preencham um documento de “declaração de faturamento“, informando quanto faturou nos últimos 12 meses.

Porém, para cada mês de faturamento zerado, caso haja, é preciso incluir um mês a mais com faturamento não zerado. Só descobri isso ao ligar na central e perguntar por que rejeitaram minha ficha.

No geral, gostei do atendimento. A menina se dispôs a solicitar uma “prioridade” para o meu caso, afim de não perder mais tempo. No dia seguinte, minha conta estava aberta.

Investimentos

Para contas PJ, o Banco Inter oferece apenas uma opção self-service de investimento: o CDB da própria instituição, rendendo 100% do CDI com liquidez diária (pode sacar quando quiser, sem prazo mínimo). Aqui meu dinheiro já passou a render bem mais do que acolá.

Por outro lado, existe uma boa diversidade de investimentos que a gente só acessa entrando em contato com um consultor do banco, por telefone ou email.

Atualmente, eu tenho na PJ dois CDB’s do Inter, um CDB de um banco parceiro, e um fundo. Quando preciso movimentar, é necessário mandar um email ao consultor que me atende. Nunca tive problemas.

Minha  crítica é sobre investir no Tesouro Direto. O Banco Inter só faz aplicações para pessoas jurídicas com valores acima de R$ 500 mil. Nunca entendi o porquê de tal limitação.

Já nas contas de pessoa física, não há limitação no Tesouro, e o cliente consegue lidar com mais opções de investimento via aplicativo, inclusive ações.

Pagamentos de boletos e TED’s

Nos departamentos financeiros das empresas, normalmente, existe um analista ou estagiário responsável somente por organizar e cadastrar as contas a pagar no banco.

Posteriormente, um gerente ou diretor aprova os pagamentos cadastrados. Por esse motivo, nas contas bancárias PJ existe as duas funções.

No Banco Inter, não é diferente. Por padrão, ele requer duas aprovações de pessoas diferentes para efetivar a transação.

Como numa empresa individual só existe uma pessoa para aprovar, é necessário alterar isso, coisa que pode ser feita via bankline. Esse foi outro detalhe que só descobri ligando na central.

Alterada a parametrização, os pagamentos funcionaram. Cada movimentação gera um SMS para notificar.

Interface e experiência do usuário

Assim como as contas de pessoa física, as contas PJ oferecem acesso via bankline (navegador), e há um aplicativo mobile separado para contas de pessoa jurídica.

A interface do site não é uma obra prima em termos de design e usabilidade. Mas funciona! E para um produto gratuito, os benefícios auferidos estão acima do esperado.

Apesar disso, dá pra notar uma boa vontade por parte do pessoal do atendimento, em ajudar os clientes com problemas.

Existe um email voltado apenas pra clientes empresariais. Sempre que o acionei, fui respondido, no máximo, no dia seguinte. O operador desse email costuma fazer a ponte com os outros departamentos, quando necessário, e manter o cliente informado.

Além disso, publicaram recentemente um manual (bem mais bonito que o sistema) com as principais operações para empresas.

Deixo meus parabéns ao Banco Inter pelo produto Conta Digital Pro e pelo que ela é para nós, profissionais PJ.


Espero ter ajudado os colegas cansados de pagar caro por nada. Se você tiver alguma pergunta ou quiser saber algo mais desse Banco, comenta aqui embaixo que eu respondo a todos! 😉

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Conta Digital para profissionais PJ – Qual a melhor?

Quer saber qual o banco digital mais viável para profissionais PJ, e os critérios que usei para fazer essa afirmação?

Nesse post tem todos os detalhes! Leia mais!

Conta Digital para profissionais PJ - Qual a melhor?


Contas Digitais

Em 2016 começou a surgir no Brasil várias inovações tecnológicas criadas por start-ups do setor financeiro (i.e. fintechs).

Nessa onda apareceu o conceito de conta digital – uma conta completa, integrada ao ecossistema bancário, e que pode ser aberta e gerenciada totalmente on-line, sem o cliente precisar comparecer a agências. E o melhor: gratuitas.

Num segundo momento, vieram as contas digitais PJ. Só a ideia de uma conta de pessoa jurídica gratuita já é uma grande inovação no Brasil, e que nem precisava de muita tecnologia.

Contas PJ

A conta bancária sempre foi um problema para profissionais PJ. É natural que qualquer banco seja mais criterioso e burocrático ao abrir contas de pessoa jurídica, ainda mais em época de lava-jato.

Além disso, se existem pessoas físicas pagando mais de R$ 100 só de mensalidade para manter a conta aberta, imagine o que os bancos não cobram das empresas…

Até pouco tempo atrás, alguns bancos ofereciam contas digitais apenas para MEI’s, devido a um entrave regulatório.

Felizmente o Banco Central resolveu em Novembro de 2018 liberar a abertura de contas totalmente online também para as pessoas jurídicas de qualquer porte, consolidando a tendência.

Fiz uma pesquisa comparando as contas digitais disponíveis no mercado, com foco na realidade dos profissionais PJ.

Considerei apenas os bancos que oferecem o serviço sem cobrar mensalidade – totalmente gratuitos. Nessa peneira, já foram eliminados os bancões brasileiros e seus rebentos.

O consagrado NuBank também acabou ficando de fora, pois não trabalha com PJ’s.

Comparando os bancos digitais

Além de não cobrar nenhuma mensalidade ou tarifa, observei os bancos sob os seguintes critérios: TED, Boleto, Saque e Cartão.

Mensalidade

Banco Neon Grátis
Conta MOBI Grátis
Agibank Grátis
Banco Inter Grátis

DOC e TED para outros bancos

Banco Neon R$ 3,50
Conta MOBI R$ 7,99
Agibank 4 gratuitos
R$ 1,90 por cada DOC/TED extra
Banco Inter Até 100 gratuitos

Emissão de Boletos

Banco Neon R$ 2,90 por emissão
Conta MOBI R$ 3,99 por liquidação
Agibank 4 gratuitos*
R$ 1,99 por boleto extra.
Máximo de 30 boletos
Banco Inter Até 100 gratuitos

Saques

Banco Neon R$ 6,90 (Rede 24 Horas)
Conta MOBI R$ 5,99 (Correios)
Agibank 4 gratuitos (Rede 24 horas)
R$ 6,49 por saque extra
2 gratuitos (Lotéricas)
R$ 3,99 por saque extra
Banco Inter Gratuito. (Rede 24 Horas)

Cartões

Banco Neon Gratuito. Somente débito
Conta MOBI R$ 19,90 (Cartão Virtual)
Agibank 12,99 por mês (grátis no 1º ano)
Após 1 ano, só é grátis para quem movimenta R$ 500 mensais ou tem R$ 5 mil investidos
Banco Inter Débito e crédito gratuitos.

Ressalvas (!)

Segundo a última informação divulgada pelo Agibank, ele só abre contas digitais gratuitas para MEI (Micro Empreendedor Individual), alegando estar impedido pela regulação do setor.

Com a Resolução do Banco Central de Novembro, o Agibank não tem mais esse entrave. Isso é bom, pois o MEI é um regime de tributação inviável para profissionais PJ. Contrato PJ indica o Simples Nacional normal.

O Banco Neon foi liquidado em Maio de 2018 pelo Banco Central, devido a irregularidades “intoleráveis” por normas do Conselho Monetário Nacional.

Posteriormente, o core das operações foi passado para o Banco Votorantim de forma transparente aos clientes, e a marca continua na ativa até hoje.

Conclusão – O melhor banco digital para profissionais PJ

Só de olhar as comparações acima, não precisa pensar muito para notar que o Banco Inter e o Agibank estão bem à frente da concorrência no mercado de contas digitais gratuitas.

Grátis: adj | adv.

Que pode ser oferecido sem custo nem pagamento. Que não se precisa pagar. De forma gratuita.

Mas o Banco Inter parece ter melhor compreendido como o dicionário define gratuidades.

Ele se destaca por oferecer DOC, TED, emissão de boletos e saques praticamente à vontade e de graça, e sem cobrar nada. Zero.

A partir dos dados acima, pode-se afirmar que o Banco Inter oferece a conta digital mais viável não só para profissionais PJ, mas para vários tipos de negócios.

Há alguns meses, eu abri minha conta digital PJ (ou CD Pro, como eles chamam o produto) no Banco Inter. Se vocês acharem interessante saber como tem sido a experiência, comentem aqui que eu conto em detalhes, ok?

Qualquer dúvida, basta comentar também que eu respondo a todos!

Até mais!

Fontes:
https://exame.abril.com.br /negocios /governo- autoriza- que- bancos- abram- contas- para- empresas- por- meio- eletronico
https://www.blog da informatica .com.br /conta- digital- para- pessoa- juridica
https://br.reuters.com /article /internetNews /idBRKBN1I52LV -OBRIN
Resolução 4.697 de 27/11/2018 (Banco Central)
https://www.agibank.com.br /tarifas
https://neon.com.br /pejota /tarifas
https://conta.mobi /tarifas
https://www.bancointer.com.br /conta-digital /pro/

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“Fim do Simples Nacional” explicado para profissionais PJ

Pouco após o segundo turno das eleições de 2018, a Folha de São Paulo publicou uma coluna de cujo título saltam aos olhos as palavras: BOLSONAROPROPÕEFIMSIMPLES NACIONAL.

Como o alarde foi pequeno, alguns veículos de respeito como Jornal Contábil e Portal Contábeis se apressaram em replicar a novidade, sem nenhum comentário especializado.

Outros sites foram além e publicaram artigos do tipo “Fim do Simples Nacional prejudicaria x mil negócios”.

"Fim do Simples Nacional" explicado para profissionais PJ

Na Fonte

Todas essas manifestações jornalísticas remetiam a um certo estudo recém publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado ao Ministério do Planejamento).

Por acaso, são co-autores do documento dois membros da equipe de transição do governo eleito. Isso não significa, portanto, haver alguma disposição do novo presidente em ferrar os pequenos empresários, tal como deu a entender um dos maiores jornais do Brasil.

A fim de auferir exatamente o que esse burburinho representa para os profissionais PJ, não vi alternativas senão ler o próprio documento tal como publicado pelo IPEA.

Fim do Simples Nacional para Profissionais PJ

Entre quase 240 páginas, a famigerada proposta aparece nas páginas 34 e 35 da publicação “Desafios da Nação, Volume 2”, junto com uma breve citação à pejotização.

Os autores afirmam que os regimes simplificados (Simples Nacional e até o Lucro Presumido) passaram do ponto de ser um facilitador, e estão sendo usados como ferramenta de “planejamento tributário”. Isto é, um jeito de fugir dos impostos.

A matemática é implacável: se isso é válido para empresas de verdade, quanto mais para profissionais PJ.

Enquanto um trabalhador CLT paga 27,5% de impostos mais INSS sobre seu salário bruto, nós PJ’s temos a doce vantagem de pagar 6% + 3,3% de INSS, além de custar menos ao empregador, que consegue gerar mais empregos.

Eis a distorção que os economistas apontam. Tanto os autores do estudo quanto o próprio governo eleito parecem ter a intenção de melhor balancear a carga tributária para os dois lados, a julgar pelos seus pronunciamentos.

Mas isso definitivamente não é uma nova agenda instituída pelo Bolsonaro ou Paulo Guedes.

A própria Receita Federal já afirmou à imprensa estar fazendo estudos para “melhor” tributar os trabalhadores que hoje pagam menos impostos por serem PJ.

Governo estuda medidas para tributar funcionários PJ
Governo estuda medidas para tributar funcionários PJ (Por Jornal Contábil)

Desde meados de 2017, Contrato PJ trabalhou para divulgar meios legais de profissionais PJ continuarem pagando 6% de imposto em vez de 15,5%. E o fizemos antes da nova Lei do Simples Nacional 2018 entrar em vigor.

Pelo jeito, teremos mais trabalho à frente.

Fontes:
Desafios da Nação. Vol 2. (página): http://www.ipea.gov.br /portal /index.php ?option=com_content &view=article &id=34502 &Itemid=433

Desafios da Nação. Vol 2. (PDF): http://www.ipea.gov.br /portal /images /stories /PDFs /livros /livros /181218 _desafios _da _nacao _vol2.pdf

https:// www1.folha .uol .com.br /colunas /mercadoaberto /2018 /12 /estudo -liderado -por -membros -da -equipe -de -bolsonaro -propoe -fim -do -simples .shtml

https:// www .contabeis .com.br /noticias /39092 /membros -do -governo -bolsonaro -propoem -fim -do -simples/

https://www. jornalcontabil .com.br /simples -nacional -estudo -de -equipe -de -bolsonaro -propoe -fim -do -regime -do -simples /#.XCJa4uhKjIU

https://www .ecommerce brasil .com.br /noticias /economistas -do -novo -governo-propoem -fim -do -simples -nacional/

https://gazetaweb.globo.com /portal /especial.php ?c=66790

2019 – Previsões para profissionais PJ

2018 foi um ano emocionante, principalmente para você que, às vésperas do Carnaval, recebia um imposto três vezes (3X!) maior do que o habitual para pagar.

Também o foi para nós que, na mesma época, recebíamos e-mails, ligações e mensagens de WhatsApp às dezenas clamando por ajuda naquela tenebrosa hora.

Google Analytics Contrato PJ
Acessos o Contrato PJ em Janeiro/Fevereiro de 2018. Fonte: Google Analytics

Esse ano foi marcado pelo que chamamos de Simples Nacional 2018: uma reforma profunda no regime, que o acabou deixando não tão simples… Mas continua sendo de grande valia para pequenos empresários e profissionais PJ.

Não menos importante, tivemos a corrida eleitoral mais bizarra da República. E por fim, a eleição de um governo que promete (ao menos promete) trabalhar com um viés liberal e pró-mercado.

Não me refiro apenas à figura presidencial recém eleita, mas também da estreante segunda maior bancada do Congresso Nacional. Sim, quando o Legislativo voltar do recesso, não teremos o desprazer de ver vários elementos, cujos nomes deixo para a memória do leitor.

Oráculo

Nos meus tempos do ensino médio, uma professora de História me mostrou o oráculo da economia de qualquer país: suas bolsas de valores.

Quando investir em um país se torna mais interessante, ou mais inviável no mercado, o reflexo imediato são variações nos índices de ações. No nosso caso, o IBovespa.

Depois, no médio prazo, essas variações percentuais simplesmente viram mais empregos, negócios, aberturas de empresas, obras e… projetos!

Tente entender o que o oráculo (gráfico abaixo) diz sobre o Brasil…

Gráfico IBovespa 2018
IBovespa

Fora insatisfações políticas e ideológicas de alguns, não estamos nada mal para a próxima década, a julgar pelos números.

Vale lembrar que o IBovespa só não deslanchou mais por causa de problemas externos: Brexit, juros norte-americanos, guerra comercial, caos na Europa, crise fiscal na Itália, entre outros. Tudo isso leva os investidores gringos a tirar dinheiro dos países emergentes, como o Brasil.

Para agora…

Já no mundo dos profissionais PJ, 2019 não promete menos turbulências. Para o ano vindouro sobrou a reta final do famigerado eSocial.

Logo no início de Janeiro de 2019 todas as empresas enquadradas no Simples Nacional deverão ter seu cadastro* efetuado no sistema do eSocial.

Cadastro = inserir informações básicas (CNPJ, Razão Social, Endereço, etc.) no sistema e salvar. Pronto.

Nesse link há um tutorial de como fazê-lo por conta própria.

Sendo este o último post de 2018, nós da equipe Contrato PJ desejamos a todos os leitores um Feliz Natal, Boas Festas, o sucesso, o avanço, o crescimento e a realização de suas vidas, na plenitude daquilo que essas palavras significam para vocês.

Em 2019 continuaremos facilitando a vida dos profissionais PJ, em texto e vídeo!

Um abraço e boas festas!

André Aranha

Tarcísio Miranda

eSocial para profissionais PJ (ALERTA)

eSocial é um imbróglio fiscal que tramita há 10 anos no Congresso, nos escritórios de contabilidade, nas salas de médios empresários e em algumas TI’s corporativas.

Trata-se de um sistema unificado para reportar informações trabalhistas e previdenciárias ao fisco.

Estava previsto que profissionais PJ e empresas do Simples Nacional começassem a reportar suas informações em Julho de 2018. Mas a obrigatoriedade acabou sendo postergarda para Janeiro de 2019.

Este artigo é um tutorial para profissionais PJ atenderem às exigências de cadastro inicial no eSocial. Então, vamos lá:

Prazo do eSocial para PJ’s: 10 de Janeiro de 2019

O prazo foi prorrogado apenas para empresas do Simples Nacional (regime que recomendamos para profissionais PJ) e MEI. Portanto, as pequenas empresas de outros regimes já estão obrigadas a reportar o eSocial desde Julho de 2018.

Nesta primeira fase, é obrigatório somente o cadastro da pessoa jurídica (CNPJ e outros dados).

Por onde enviar o eSocial

O Governo criou um portal web exclusivo para as pequenas empresas cadastrarem e enviarem suas informações ao eSocial. Esse portal nada tem a ver com o portal do Simples Nacional, e fica disponível no link: https://login.esocial.gov.br/

Como acessar o Portal Web do eSocial

Assim como o portal do Simples, existem duas formas de acessar o eSocial:

  • código de acesso; ou
  • certificado digital.

Para quem tem mais de um empregado, é obrigatório fazer o acesso através de certificado digital. Portanto, os profissionais PJ normais estão liberados desse custo também.

O código de acesso é nada mais que um login gerado pelo sistema, e nada tem a ver com o código de acesso do portal do Simples. É outro código e outro sistema. Mas é muito fácil de criar.

Basta acessar o link de “primeiro acesso” no portal (https://login.esocial.gov.br /CodigoAcesso.aspx), selecionar a opção “CNPJ” e preencher os dados na tela abaixo:

Tela de cadastro no eSocial

Na tela seguinte, o sistema vai pedir os recibos de Imposto de Renda dos dois últimos anos, além de cadastrar uma senha de acesso. Essa é a informação mais chata de correr atrás, mas para quem é atendido por um bom escritório de contabilidade, basta abrir um chamado que a equipe consegue fácil.

Como cadastrar a empresa no eSocial

Feito isso, seu cadastro está completo. Basta voltar à tela de login do eSocial, inserir o CNPJ, código de acesso gerado e a senha cadastrada.

Então, aparecerá uma tela como esta abaixo.

Home da área logada do portal web do eSocial

Pelo menu, entre na opção Empregador > Dados do Empregador.

Aparecerá uma tela de cadastro com, basicamente, as informações da sua pessoa jurídica (CNPJ, Razão Social, tipo de constituição, CPF do proprietário, etc.). E tal cadastro, por enquanto, é tudo que o eSocial exige das empresas enquadradas no Simples Nacional.

A próxima etapa, segundo o cronograma do eSocial, será em 10 de Abril de 2019, quando se torna obrigatório o cadastro dos empregados e sócios.

Pouco depois, em 10 de Julho de 2019, a folha de pagamento deverá ser reportada no eSocial, quando houver. Essa parte é importantíssima para manter seu fator “r” estabilizado, e garantir que você pague 6% de imposto, em vez de 15,5%.

Fontes:
https://portal.esocial.gov.br /login.aspx
http://portal.esocial.gov.br /institucional /ambiente-de-producao-empresas
https://www.metadados.com.br /blog /resumo-do-esocial-precisa-saber/
http://idg.receita.fazenda.gov.br/ noticias/ ascom/ 2018/ junho/ nova-fase-do- esocial-a-vez- das-pequenas-empresas