PJ: Quanto pedir a mais no salário

Diferente de quem tem carteira de trabalho assinada, o profissional PJ não tem acesso a certos benefícios nem assistência público, pois não é considerado um “empregado”, mas sim um “empresário” diante da Lei.

Sendo assim, é coerente que o salário do PJ passe por uma compensação justa. O vídeo abaixo mostra duas formas de converter um salário CLT para PJ.

Além das explicações do vídeo, você pode baixar nossa Calculadora CLT x PJ, que mostra com exatidão como ficam os seus impostos em cada regime.

Baixe agora nossa Calculadora CLT x PJ, para saber exatamente quanto imposto vai pagar no regime PJ. E quanto pedir a mais no salário.

Calculadora CLT x PJ indica quanto pedir a mais no salário.

Custos de um salário CLT

Analisando os custos para empregar um funcionário CLT, vemos que o valor de impostos e encargos a serem pagos para o Governo pode chegar até três vezes o salário do trabalhador.

Este custo varia conforme o ramo da empresa, tamanho, regime de apuração de lucros e sindicato de classe.

O patrão se beneficia por não possuir vínculo empregatício com o contratado: além de pagar mais e gastar menos, elimina tarefas burocráticas que não agregam nada ao negócio.

O profissional contratado como PJ, por sua vez, precisa ter disciplina, organização e uma boa administração pessoal.

Ele será o único responsável por estabelecer e manter uma poupança anual (para sacar no fim do ano caso deseje ter um 13º salário), um fundo de garantia pessoal (para fazer o papel do FGTS, em caso de demissão) e pagar seus encargos para o INSS, citando alguns exemplos.

Essa noção é importante para que o cidadão garanta sua estabilidade e possa assegurar seu o futuro.

Como toda essa provisão precisa vir diretamente do salário de cada mês, o mercado costuma pagar aos PJ salários brutos mais altos do que aos CLT’s.

A economia do patrão varia entre ramos de atividade e porte da empresa. Mas, no mínimo, um acréscimo de 20% é justo para o CLT virar PJ.

Como tem muitas variáveis envolvidas, e tudo é negociável, não é incomum no mercado (sobretudo de TI) vermos PJ ganhando 30%, 40% e até 50% a mais do que se fossem CLT.

Agora que você já sabe o quanto pedir a mais no regime PJ, veja como conduzir uma negociação salarial com justiça e coerência (para os dois lados).

Última atualização em 11/07/2020.

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Décimo terceiro e PJs: 26 dicas financeiras de Natal

Ao sinal das trombetas publicitárias, começa neste mês a maratona do Comércio para o Natal. Decorações verdes e vermelhas em todo canto, pisca-pisca, papais noéis e o velho Jingle Bells tocando nos shoppings anunciam o período.

Parte desse contexto são os planos para o décimo terceiro salário, nas planilhas de quem tem o benefício. Alguns profissionais contratados como PJ desfrutam dele como generosidade, pois há empresas que o pagam. Já outros ficam sem saber como contornar limitações financeiras cruéis. Nesse artigo, vou apresentar 26 (sim, o dobro) formas para um PJ desdobrar o valor do seu dinheiro no fim do ano.

13º (Décimo terceiro) salário e os PJs - Shopping decorado para o Natal

A maioria são táticas simples de economia imediata, entre compras de Natal e viagens de férias. Mas a grande estratégia está nas três últimas dicas.

Compensando o décimo terceiro nas compras de Natal

As práticas abaixo são pequenas formas de diminuir os gastos de consumo natalino, para salvar quem estiver apertado nesse momento.

  1. Estipule o preço máximo a ser gasto com presentes (total ou unitário, como preferir);
  2. Tenha uma lista escrita de todas as pessoas que pretende presentear, sem esquecer dos “amigos secretos”;
  3. Algumas pessoas na vida são especiais, e precisam ser honradas. Quanto às demais, não justificam um começo de ano no vermelho. Lembrancinhas não são sinônimo de descaso, ainda mais em plena crise;
  4. Antecedência: Quanto mais antes das festas você for às compras, menor o preço e as filas;
  5. Tire proveito dos bons e velhos comparadores de preços: Buscapé, Bondfaro, Zoom, Google Shopping, JáCotei, Shopbot, entre outros;
  6. O remanescente da onda das compras coletivas converteu-se em sites especializados em descontos. É o exemplo do Peixe Urbano e Hotel Urbano;
  7. Mesmo com o dólar alto, há presentes bons e baratos no exterior. Neste caso, a antecedência também serve para dar tempo de o produto chegar. Tenho boa experiência com Amazon, Wish, AliExpress e DX.
  8. Não bastando, há outras inovações voltadas para compartilhamento de ofertas específicas pelos próprios usuários, como o Promobit.
  9. Lojas virtuais pequenas, desconhecidas ou de nicho podem ser uma boa opção para economizar, desde que sejam devidamente confiáveis. Antes de comprar delas, faça uma busca na internet, em sites como o ReclameAqui e na “lista negra” do Buscapé.
  10. Escolhido o presente, não despreze os similares nem as outras lojas. Em muitos casos os consumidores tendem a pagar por marca e status, principalmente nas grandes festas do comércio;
  11. Pagamentos à vista SEMPRE têm descontos. A maioria dos e-commerces dão de 5 a 10% de desconto no boleto, só para acompanhar seus concorrentes. Se numa loja física menor, o vendedor recusar essa proposta, pode chamar o gerente;
  12. Compras pessoais depois da farra: Essa é a mais importante, e também a mais óbvia. Na primeira quinzena de janeiro, praticamente todo o Comércio entra em liquidação: roupas, eletrônicos, linha branca, móveis, etc. Na temporada de compras, os lojistas já faturaram bem mais do que gastaram com a compra das mercadorias. Agora, tudo o que sobrou está ocupando espaço ou gerando custos de armazenagem. O lucro deles já está embolsado, mesmo que esse resto fosse dado de graça. Particularmente, eu só compro as minhas coisas após as datas festivas. Deixe para depois do Natal todas as compras que puder.

Fazendo o dinheiro render nas viagens de fim de ano

As dicas abaixo são aplicáveis às viagens de fim de ano e férias, outro fator que ajuda a consumir não só o décimo terceiro, mas boa parte da renda no ano vindouro.

  1. Já falamos sobre a antecedência nas compras de Natal. No mercado de passagens aéreas, essa regra vale o ano inteiro. Quanto maior antecedência na compra, menor o preço. Porém, é preciso ficar atento às condições de cancelamento, mudança de data e entrelinhas;
  2. Parece indiferente, mas os programas de milhagens são uma boa forma de viajar com pouco dinheiro. Algumas companhias também têm convênios com hotéis e locadoras de veículos. Atenção aos prazos de validade e regras para junção e troca de pontos;
  3. Hospedar-se em albergues é ideal para quem viaja sozinho ou entre amigos. É uma maneira de conhecer gente e cultura nova, e praticar com mais naturalidade o idioma do país de destino;
  4. O comércio local é o mais indicado para comprar lembranças relacionadas ao lugar. Compras de última hora, até mesmo para alimentação, não são uma boa, principalmente dentro dos aeroportos;
  5. Certifique-se de estar portando toda a roupa necessária, sobretudo quando viajar para lugares mais frios. Gastos inusitados com roupas e acessórios são desnecessários;
  6. Cuidado com o roaming do celular e internet móvel;
  7. Quando for para o exterior, use cartões pré-pagos e compre dólares aos poucos. Assim, é possível ficar na média de variações bruscas na cotação cambial;
  8. Há lugares (a exemplo do Vale do Silício, na Califórnia) que sai mais em conta alugar um carro do que custear cada deslocamento. Se os pontos a serem visitados são muito distantes, por exemplo, procure uma promoção de aluguel durante a semana, não esquecendo de atentar ao consumo do veículo;
  9. Dependendo do destino e do tamanho do grupo (a partir de três ou quatro pessoas), pode ser mais barato alugar um imóvel durante a temporada do que hospedar-se em hotéis;
  10. Comprar comida no supermercado é mais viável do que ficar gastando com alimentação na rua;
  11. Caminhe: Fazer um trajeto a pé, além de combater o sedentarismo, permite um contato diferente com o local visitado. De carro não será possível entrar em cada loja ou parque que lhe chamar a atenção, por exemplo. Antes das caminhadas, certifique-se de estar com a bateria do celular cheia (em roaming ela dura menos). Isso evita a dependência de taxis ou de informações de estranhos caso se perca na cidade.

Bem mais que décimo terceiro

Já ouvi dizer que o regime PJ compensa para quem é bom de finanças. Por experiência própria, é a mais pura verdade. Se você não se sente confortável ao fazer planejamentos financeiros sofisticados, um bom começo é garantir seu 13º para o próximo Natal, iniciando exatamente agora.

  1. Guardar 1/12 do salário: Com menos de 10% da sua remuneração bruta já é possível garantir um salário extra no fim do ano. Pode ser mais fácil encará-lo como um segundo imposto, mas com benefícios reais. E por falar em imposto, mesmo fazendo isso você ainda paga menos do que os CLT; 🙂
  2. Plano de contingência: Como nem tudo são flores, é importante conhecer o seu custo mensal de vida. Esse número vem da soma dos seus gastos indispensáveis, e não precisa necessariamente incluir o dinheiro destinado à poupança e fundos. Especialistas em finanças pessoais recomendam ter guardado um múltiplo desse valor, de acordo com a idade. Tendo em vista a abundância de empregos nas áreas pejotizadas, possuir de 1 a 3 meses de custos já está de bom tamanho, pelo menos para profissionais mais jovens.
  3. Compras em datas estratégicas: Todos nós temos necessidades cuja satisfação depende do comércio: roupas, eletrônicos, telefonia, informática, calçados, etc.
    Para os homens, avalie se não faz sentido comprar roupas e sapatos somente uma vez por ano: no meio do mês agosto, após Dia dos Pais. Para a moda feminina e linha branca, no final de maio: passado o dia das mães. Eletrônicos, celulares e informática costumam ter melhores promoções após o Natal. Aqui aplica-se a mesma lógica do item 12.
    Melhor ainda é aplicar a cada mês uma quantia irrisória (não mais do que R$ 150,00), deixar o dinheiro acumulando e rendendo juros no banco, e só gastar quando chegar a data estratégica. Nesse ponto, eu compro produtos de qualidade com dois descontos: o da liquidação e o do pagamento à vista.

Como dito, essas três últimas práticas são a grande estratégia para as finanças de um PJ, e vão bem além do décimo terceiro salário. Combinadas a essas, as anteriores se resumem a um mero complemento.

Infelizmente, a cultura do brasileiro em relação ao assunto é um descalabro econômico. Segundo pesquisa do site Guia Bolso, apenas 9% do público diz conseguir poupar alguma coisa no fim do mês. No Brasil, a parcela do PIB aplicada em poupança e investimentos perde até para países como Etiópia, Haiti e Senegal. Imagine se não tivéssemos vindo de um ciclo de crescimento de renda, e se não estivéssemos em recessão…

Mesmo trabalhando 11 meses e recebendo 13 salários, muita gente perde o controle dos gastos, chegando ao ponto de virar o ano com dívidas novas. Você não precisa sofrer desses males, nem recusar boas oportunidades por paixão ao 13º. As dicas aqui listadas ilustram como um mínimo de racionalidade pode evitar e remediar problemas financeiros.

Fontes:

https://catracalivre.com.br/geral/negocio-urbanidade/indicacao/1-sites-para-pesquisar-e-comparar-precos/

http://www.bolsademulher.com/natal-festas/9-passos-para-economizar-presente-de-natal

http://turismo.ig.com.br/manual-do-viajante/dicas/como-economizar-em-viagens/n1597219895521.html

http://www.matraqueando.com.br/10-dicas-para-economizar-em-viagens-nacionais

http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2013/02/06/brasileiro-poupa-menos-que-haitiano-e-senegales-veja-ranking-de-emergentes/

Revista EXAME, edição 1101, de 11/11/2015

Calculadoras de salário PJ x CLT

Quem fizer uma busca sobre esse assunto na internet achará diversas calculadoras CLT x PJ, mas corre o risco de levantar um monte de números e continuar com dúvidas.

No passado, nós publicamos uma lista com as calculadoras mais populares da internet, explicando seus gaps e vantagens.

Mas em 2018, o Simples Nacional passou por mudanças que afetaram profundamente a vida dos profissionais PJ (Leia-se: Fator R e Anexo III).

Infelizmente, muitas calculadoras CLT x PJ da internet acabaram ficando obsoletas. E as que acompanharam a mudança tornaram-se ainda mais complexas.

Então, resolvemos publicar nossa própria calculadora voltada especificamente para profissionais PJ no Simples Nacional.


Abaixo, você pode fazer o download (em Excel). O vídeo a seguir explica as principais situações numa conversão CLT para PJ, e como calcular cada uma delas.


Outras calculadoras CLT x PJ

Contrato PJ listou as calculadoras mais populares da internet, e comentou suas particularidades e gaps. Cada uma das ferramentas abaixo tem suas vantagens e desvantagens.

Algumas ganham em simplicidade, mas perdem em completude; outras chegam a ser difíceis de usar, por terem muitos campos.

UOL Economia | Super objetiva

Para quem só quer uma conta de padaria afim de ter noção da diferença entre os regimes CLT e PJ, a calculadora da UOL é a melhor ferramenta. Ela só peca em um detalhe: foi feita em 2011, e ainda trabalha com números e leis da época:

Calculadora PJ x CLT - UOL Economia
Calculadora PJ x CLT – UOL Economia
  • Os valores de cálculo do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) estão visivelmente desatualizados. O piso, segundo a página, é de R$ 1.566,61; atualmente, está em 1903,98. As outras faixas também não coincidem com os valores atuais;
  • A matéria que consta na página afirma que “profissões como dentista, advogado ou engenheiro (…) não podem estar no Simples”. Isso já foi verdade; hoje, qualquer atividade pode entrar no Simples Nacional.

Apesar desse gap, a ferramenta é ótima para fazer comparações rápidas, e o desvio é bem pequeno. Na parte inferior da página, fica bem claro “o quanto vai para o bolso no mês” e “quanto é o salário real” (com benefícios e verbas), para cada modalidade.

Planilha AP Info | Cálculo completo

Não é à toa que ocupa há anos o primeiro lugar no Google. Essa ferramenta é a que melhor combina praticidade e riqueza de detalhes.

No painel superior da planilha, o usuário pode entrar com suas informações salariais e, logo abaixo, ver os resultados dos cálculos. No painel inferior consta toda sorte de variáveis que influenciam no cálculo trabalhista, para refinamento do valor encontrado.

Ao usar essa planilha, recomendamos atenção aos seguintes pontos:

Calculadora PJ x CLT - AP Info
Calculadora PJ x CLT do AP Info
  • Impostos PJ: A planilha suporta tanto o Simples quanto o Lucro Presumido. Porém, ela vem apenas com os campos do Presumido preenchidos, e o do Simples vazio. Nós recomendamos que profissionais PJ tenham suas empresas enquadradas no Simples Nacional. Neste caso, é preciso preencher o campo “Simples / DAS”, e apagar as cinco células acima dela (“Contrib. Social…”, “ISS”, “PIS”, “COFINS”, “IRPJ”);
  • GPS / INSS: A planilha tem uma única célula para o cálculo do INSS. Porém, esse cálculo varia conforme o regime de tributação da empresa. Não está claro qual cálculo está sendo feito. De qualquer forma, o INSS é um encargo opcional, e corresponde a R$ 105 atualmente (sempre 11% do salário mínimo vigente).

Conta Azul

ATUALIZAÇÃO (2018): A planilha da ContaAzul já foi uma das melhores, mas após as mudanças do Simples Nacional 2018, e por forçar o cálculo no Lucro Presumido (o que não recomendamos), atualmente ela é inviável.

A planilha criada pela empresa de software Conta Azul não deixa a desejar na objetividade nem no visual. Ademais, ela é a única que ajuda a calcular o valor das férias remuneradas do PJ, caso tenha esse benefício.

Recomendamos atenção aos seguintes pontos:

Calculadora PJ x CLT - ContaAzul

  • Não está claro a data das alíquotas utilizadas. Por esse motivo, pode haver pequenos desvios no IRPF;
  • O campo “Pró-labore…” vem com o valor de 300,00. Porém, o salário mínimo atualmente é de 1006,00, mas é importante que profissionais PJ tirem ao menos 30% do salário como pró-labore, por causa do fator “r”;
  • A planilha aparenta fazer um cálculo somente para empresas enquadradas no regime de Lucro Presumido, já que tem campos travados para IR, COFINS, PIS, CSLL, ISSQN e INSS PJ. Vale lembrar que para profissionais PJ, é fortemente recomendado o Simples Nacional, onde o imposto é metade do previsto nessa planilha.

OZAI | Partindo do líquido, objetivamente

Quando o problema for definir a remuneração bruta, partindo do salário líquido desejado, esta é a ideal. Dado um valor, ela calcula qual o salário bruto necessário para o funcionário embolsar a quantia, nas modalidades CLT, PJ e Autônomo.

ATUALIZAÇÃO (2018): Planilha excelente e fácil. O problema é que não contempla o fator “r” e suas implicações (Pró-labore, INSS, IR na pessoa física, etc).

Calculadora PJ x CLT - OZAI
Calculadora PJ x CLT – OZAI

Basta digitar o salário líquido e pressionar ENTER. O campo relacionado ao Simples Nacional, neste caso, só repercute nos gastos do contratante, pois a página calcula a carga tributária para os dois lados. Só não está claro se as alíquotas estão ou não atualizadas.

Salários PJ x CLT


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Quais impostos a pagar trabalhando como PJ?

Trabalhar como PJ (pessoa jurídica) traz algumas responsabilidades além daquelas o profissional teria na condição de CLT. A mais importante delas é administrar o pagamento dos próprios impostos.

No Brasil existem três tipos de tributação, cada um com suas próprias particularidades. São eles: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O ideal para profissionais que trabalham como PJ é, sem a menor dúvida, o Simples Nacional.

Simples Nacional

Além das facilidades, burocracia enxuta e menor exposição a multas do fisco, quem se enquadrada nesse regime pode receber até R$ 300.000,00 por mês, pagando impostos entre 6% e 15% do salário bruto.

Os brasileiros que já trabalharam em departamentos financeiros, jurídicos, tributários ou de expedição conhecem bem a confusão tributária vigente no nosso país. O Simples Nacional resolve isso. Até o dia 20 de cada mês, o responsável pelo CNPJ entra no site da Receita Federal, digita o valor faturado no mês anterior, e imprime um único “boleto” cujo valor representa todos os seus impostos.

Eis a única responsabilidade de quem trabalha como PJ: receber o salário bruto e gerar a guia para pagar seus impostos, que não chegam à metade do que um CLT recebe descontado.

MEI (Microempreendedor Individual)

Uma parte do Simples Nacional é o MEI. Nessa modalidade, o salário máximo é de R$ 6.750,00, e os tributos são um valor fixo em torno de cinquenta reais (valor atualizado anualmente à base do salário mínimo vigente).

O PJ nessa modalidade também pode obter as guias dos impostos no site, ou receber um carnê do ano todo em casa. Fica garantido a ele benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria e outros.

Infelizmente, nos principais mercados pejotizados (como o de TI) não é nem um pouco difícil ultrapassar esse limite.

Enfim, quais impostos eu pago sendo PJ?

O Simples Nacional é dividido em cinco “Anexos”. É na escolha do anexo que se sabe quanto de imposto será cobrado*, e isso depende do tipo de serviço feito pela empresa.

*IMPORTANTE: O Simples Nacional passou a ter novas regras em 2018. 
Entre as mudanças, está a questão dos Anexos e o imposto pago pelos serviços técnicos. Saiba mais aqui.

A tabela abaixo relaciona os anexos usados por profissionais PJ e as suas alíquotas, considerando um salário de até R$ 15.000,00. Passando disso, as alíquotas aumentam progressivamente:

Tabela Serviços Simples Nacional

Em muitos dos casos, os detalhes da legislação deixam brechas para o profissional “fugir” de um anexo para outro mais vantajoso, legalmente. E isso é especialmente verdadeiro no Simples Nacional 2018.Lembrando que é sempre melhor ter a assessoria de um contador perspicaz para garantir o enquadramento mais barato possível, bem como reagir às sorrateiras mudanças na Lei.

Já para as profissões intelectuais (TI, Saúde e afins)…

Para evitar o Anexo V (15,5% de imposto) e permanecer no Anexo III (6%), você deve declarar ao Governo que 30% do seu faturamento é o seu pró labore (“salário” do dono da empresa). Sobre esse valor, você pagará 11% de INSS.

Então, matematicamente, o profissional PJ acaba pagando 6% no Simples e mais 3,3% de INSS, totalizando 9,3% de imposto.

Corretores NÃO precisam declarar pró-labore algum, nem pagar INSS, para ficar no Anexo III.

Porém, é necessário que o seu contador acompanhe a conta do seu fator “r” mês a mês. Qualquer descuido dele te joga para os 15,5%. E isso não pode ser revertido de uma hora pra outra.

Quais impostos pagar trabalhando como PJ?

Se você tiver interesse num serviço de contabilidade com preço justo para profissionais PJ’s clique aqui e conheça nosso escritório, ou entre em contato:

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Como negociar relações de trabalho e salários PJ

Com leis exigentes e defasadas, o Brasil é palco de uma pressão significativa sobre profissionais para trabalharem no regime de Pessoa Jurídica em diversas áreas, sobretudo na de Tecnologia da Informação (T.I).

Negociando relações de trabalho e salários PJ
Negociando relações de trabalho e salários PJ

Esse artifício também traz muitas vantagens, tanto para a empresa quanto para seus talentos contratados. Uma das melhores é a parceria que pode se dar entre os dois. A não ocorrência do vínculo empregatício facilita em vários aspectos:

  • O profissional arca com a responsabilidade pelo pagamento dos seus tributos e planejamento para o próprio futuro (previdência, aposentadoria, fundo para usar em caso de desemprego, etc.). O ganho mais evidente é conseguir remunerações que superam a dos CLT em 30%, e muitas vezes, até 50%;
  • Para a empresa contratante, além de eliminar encargos trabalhistas, é possível notar uma redução de trabalhos do RH com as burocracias da Previdência Social e afins.

Para ambos, a não interferência do Estado nas relações de trabalho gera uma margem de negociação maior e mais rica, podendo até envolver aspectos subjetivos particulares de cada setor ou empresa.

Para estruturar a negociação de uma remuneração como PJ, sugerimos os seguintes critérios, lembrando que todos eles dizem respeito ao acréscimo ou decréscimo do valor faturado pelo profissional em cada mês (exceto o descanso):

  • 13º salário – a empresa pode pagar o salário de dezembro dobrado, ou aumentar em 1/12 a remuneração atualmente proposta;
  • Férias ou descanso remunerado a cada 12 meses de serviço. Não precisa ser necessariamente de 30 dias;
  • Impostos – Normalmente, o profissional recolhe 6% de sua remuneração. Há empresas que já propõem o valor líquido aos candidatos, depositando a carga tributária como adicional;
  • Vale alimentação – valor baseado em práticas de mercado e na região. A existência ou não de refeitório ou copa no local é um argumento para balizar esse benefício;
  • Vale transporte – baseado no custo de deslocamento entre a residência do profissional e a empresa.

O objetivo desse post não é ensinar os candidatos às vagas a tomarem para si tudo o que seu empregador estaria economizando, mas sim atribuir critérios quantificáveis à negociação salarial, de forma que os dois ganhem. Assim, deixemos as finalidades dos fundos de garantia e previdência por conta do próprio profissional. 🙂

Uma conta mais objetiva é ter em mente que as empresas costumam ter encargos superiores a 100% da remuneração nominal dos funcionários CLT. “Rachar essa diferença” significaria pagar um salário 50% superior, sem maiores discussões.

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Entrelinhas da EXAME: recado para pessoal de TI

Na edição que circula nesta quarta-feira, a conceituada publicação sobre economia e negócios da Abril, só com a capa, tira a fome de quem passa em frente a banca antes do almoço.

Capa da Revista EXAME com reportagem perturbadora sobre desemprego - Edição 1099 - Ano 49 - Nº 19 - 14 de Outubro de 2015
Capa da EXAME de Outubro

A reportagem de capa pinta com palavras e números um cenário nefasto. Em suma, a mensagem reza: entre janeiro e agosto de 2015, mais de 600 mil trabalhadores perderam seus empregos; ao fim de 2016 o acumulado deve chegar a 2 milhões, e o número ainda não contempla os 800 mil formandos do período.

A explosão de demissões, conforme entrevistas da edição, atinge desde uma moça de 20 anos, obrigada a trancar a faculdade por perder o emprego de recepcionista e não achar outro, até um engenheiro formado em 2010, cujo salário já chegou a 10 mil reais. Sim, até a próspera engenharia está condenando milhares ao desemprego anualmente. Começou em 2013 com uma queda drástica do saldo da geração de postos de trabalho na área; no ano seguinte o resultado negativou em 4 mil vagas, e dobrou só no primeiro semestre de 2015.

A boa para nós, de TI, está nas entrelinhas do apocalipse: um dos gráficos da reportagem principal esquematiza a extinção de postos de trabalho por setor. Na comparação, o item “Serviços” (entenda-se: desde faxina doméstica e corte de cabelo até o gerenciamento de data centers) teve 5.500 demissões de janeiro a agosto. Para se ter ideia, na “Indústria” e no “Comércio” foram 500 mil no mesmo período.

A revista faz um paralelo com o surto de prosperidade que marcou a década passada: dois milhões de empregos gerados por ano, aumento de 33% na renda dos trabalhadores e crescimento acentuado da proporção de contratações com carteira assinada (CLT), que subiu de 46% para 55% do pessoal ocupado até 2014.

Desemprego e trabalho “informal”

Ante essas e outras, já na carta de apresentação os editores concluem que voltará a aumentar a informalidade, usando este termo para generalizar os trabalhadores PJ e outras classes. Logo em seguida, dividem toda a população em dois grupos: os que têm a plenitude dos direitos trabalhistas, e os milhões “entregues à própria sorte”.

Pela experiência do autor, a sorte de alguns “informais” tem dado uma vida melhor do que as carteiras de trabalho. Um dos problemas macroeconômicos do País é o alto custo do vínculo empregatício, e isso impacta diretamente na produtividade das empresas, a qual também tem caído na crise. O remédio para esse mal é uma formalização alternativa, como o regime PJ, sem preterir a honestidade e a boa fé das duas partes.

Dessa forma, a Legislação Trabalhista se torna um pilar do desemprego, um grande exemplo de intervenção deletéria do Governo na Economia. Ainda mais no caso do nosso, com um longo histórico de desserviços prestados a cidadãos que pagam impostos superiores a 20% de sua renda (pelo menos os CLT).

Então, quais impostos a pagar trabalhando como PJ?

Na próxima semana publicaremos um guia do quanto o trabalhador precisa pagar se sua contratação for PJ, dependendo da profissão. Por enquanto, uma coisa dá para garantir: é bem menos do que um CLT, e o empregador não paga nada além do salário.

O escritório de contabilidade Digitool, parceiro mantenedor do blog Contrato PJ, tem ajudado profissionais PJ com serviços contábeis formatados precisamente para esse tipo de cliente.

Caso necessite abrir uma empresa individual ou regularizar a sua, entre em contato conosco!
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Finanças pessoais

Sobre esse assunto, a recomendação é não ser tão exigente na busca pelo emprego perfeito. Afinal, especialistas em finanças pessoais são unânimes na ordem do dia: manter-se com renda garantida até a tempestade cessar.