Conhecendo o candidato: 5 dicas para IT Recruiters orientarem uma boa entrevista

O que o LinkedIn não mostra, mas uma boa entrevista pode revelar

Na teoria, a definição de IT Recruiter é simples: profissionais especializados em recrutamento e seleção de candidatos para vagas de TI. Mas na prática nem sempre é tão fácil; e para entender os desafios da profissão, ninguém melhor do que quem vivencia o dia a dia do tech recruiter e aprende a cada entrevista como aproveitar melhor o seu tempo e o do candidato.

Marta Pacheco é formada em gestão de recursos humanos e atua há 4 anos como especialista em recrutamento e seleção de TI. Entrevistas fazem parte do dia a dia de Marta e, como uma boa IT Recruiter, ela pôde compartilhar com a redação as principais dicas de como realizar uma entrevista objetiva e colher as informações ideias para escolher o candidato certo.

Antes de tudo, saiba o que o seu cliente procura

Para Marta, um dos pontos chave antes mesmo de começar a procurar candidatos é entender o que o cliente, quem abriu a vaga para profissionais de tecnologia, procura. Apenas o título “Analista de BI” ou “Pessoa Desenvolvedora .Net Full Stack” pode não ser o suficiente; é importante saber se este novo funcionário de TI vai trabalhar em equipe, se ele ou ela tem a possibilidade de trabalhar em home office, se é preferível alguém comunicativo, pontual ou que tenha agilidade como característica principal, e por aí vai. Perceber o que o cliente quer é o primeiro passo para alinhar um bom processo seletivo.

Conhecendo o candidato 5 dicas para IT Recruiters orientarem uma boa entrevista

Assim, depois de selecionar os candidatos, a entrevista é a etapa mais importante. Para isso, confira 5 dicas importantes de como orientar um processo seletivo assertivo e conveniente em que você, recrutador, e o/a profissional se entendam da melhor forma.

1. Considerar o momento de vida do candidato

“Qual sua ambição profissional? Quais são os seus objetivos no momento?”

Antes de selecionar um novo profissional para fazer parte da equipe de uma empresa é imprescindível entender quais os objetivos pessoais e profissionais daquele novo funcionário. 

“Se surgir a possibilidade de você trabalhar em outro estado ou até em outro país, você toparia? Se existir a possibilidade de você traçar um plano de carreira, é interessante para você?”

Se a empresa empregadora deixa explícito que o candidato precisa de disponibilidade de se mudar, por exemplo, pode ser que a resposta negativa às perguntas acima já concluam o processo; da mesma forma, se for prioridade para a empresa que o funcionário permaneça na casa por tempo indeterminado e se desenvolva na equipe, encontrar um candidato que prefira estabilidade pode ser o ideal.

Perguntas como essas podem permitir que o tech recruiter analise qual a etapa profissional que o candidato se encontra e se suas ambições e vontades combinam com a vaga em questão. 

2. Analisar as hard e soft skills – uma é tão importante quanto a outra

Para começar do começo, vamos entender o que cada um desses nomes significa:

Hard skills são habilidades técnicas que o candidato desenvolveu durante a vida acadêmica ou profissional; nessa etapa, compete ao profissional de TI as tecnologias que ele domina, as linguagens que ele conhece e as experiências técnicas que ele já vivenciou. As hard skills são habilidades imprescindíveis para a vaga, uma vez que elas já são pré-determinadas de acordo com a função que o candidato vai desenvolver. Além disso, elas são postas em cheque quando existe um teste técnico durante o processo seletivo.

Já as soft skills são habilidades menos mensuráveis – são características de convívio pessoal e profissional que vão condizer ou não com o ambiente de trabalho, a proposta do emprego e os valores da empresa. Ser comunicativo e ter bom relacionamento interpessoal é uma soft skill, por exemplo; é algo que faculdade nenhuma ensina, mas no dia a dia, a depender da posição de trabalho, pode ser mais do que necessário.

Ou seja: saber se o candidato domina Java, Python, Swift ou PHP é um pré requisito básico para dar seguimento a conversa; mas entender se ele se encaixa na empresa e se adequa ao perfil da vaga é o que vai definir se aquela alocação vai ser bem sucedida ou não.

3. Perguntar qual o maior desafio que o candidato já enfrentou

Você saberia responder essa pergunta, pensando na sua área de atuação profissional?

Desafios podem ser as mais diversas situações: entregar um projeto complexo em um curto espaço de tempo, tocar um projeto complexo sozinho ou distribuir tarefas entre uma grande equipe de colegas. Entender qual foi o maior desafio que o candidato vivenciou até o momento pode revelar o que pra ele é desafiador, o que para ele pode vir a ser uma dificuldade e de que forma ele soube contornar a situação.

4. Quais as experiências anteriores do candidato 

O tempo de experiência pode ser uma variável importante, mas não é a única. Conhecer as diferentes experiências que o candidato já vivenciou, seja elas em projetos como freelancer, projetos pessoais, empregos formais ou em grandes ou pequenas empresas revela o quanto o candidato se interessa e se dispõe a aprender e aproveitar diferentes oportunidades – o que nos leva a última e mais importante dica. 

5. O candidato é curioso? Ele vai atrás?

“Um bom profissional de TI precisa ser curioso, é a curiosidade que vai fazer ele andar”, isso é o que, para Marta, é o mais importante em um almejante a vaga de TI.

Se mesmo com a melhor formação profissional e um currículo impecável o candidato não se demonstra curioso e interessado em aprender, será que ele será um profissional dedicado na nova vaga de emprego?

O mercado de TI é um dos que mais cresce no Brasil e no mundo e, à medida que o tempo passa, novas tecnologias são implementadas e aprimoradas. Por isso, curiosidade e vontade de aprender são duas características primordiais para garantir que um candidato se adeque bem à vaga, seja ela qual for. Mesmo que o candidato não carregue consigo a maior carga de experiência ou não disponha do mais completo currículo, se existe vontade de aprimoramento profissional sempre existe espaço no mercado de trabalho.

Para profissionais de R&S, ingressar no mercado de TI é uma maneira de se especializar em um nicho de trabalho em crescimento exponencial – e a WK é um dos espaços que oportuniza a esses profissionais conhecerem novas oportunidades na TI. A WK JobHub é uma hub focada em conectar empresas e profissionais de TI, abrindo portas para IT Recruiters e profissionais da tecnologia. E mais: se você se interessou nas 5 dicas acima sobre como orientar uma boa entrevista, conheça o Tech Recruiting Training: treinamento para recrutadores que desejam se especializar em TI. Estar em constante processo de aprendizagem é o que destaca qualquer profissional no mercado de trabalho, seja qual for  profissão.