Vale a pena investir em bitcoin, cripto-moedas e afins?

Quem trabalha como PJ precisa ter uma responsabilidade bem maior com suas finanças pessoais. Bitcoin e cripto-moedas são uma realidade inegável e vamos entendê-la hoje.

Eu não gosto muito da palavra “investir” por ser muito genérica, pelo menos do modo como tem sido usada hoje.

Prefiro usar termos mais específicos como “apostar“, “proteger-se” ou simplesmente “ter no portfólio“.

É impossível dizer se “vale a pena investir” em alguma coisa específica de forma impessoal, mas nesse post vou lhe ajudar entender o seu caso e tomar a melhor decisão.

O especulador cripto-entusiasta aplica a maior parte dos seus recursos em bitcoin e similares por acreditar piamente na multiplicação do seu valor.

Há pessoas que querem distância do mundo cripto, por não suportarem qualquer possibilidade de perda do valor investido.

O lavador de dinheiro precisa das cripto-moedas como instrumento em suas finanças pessoais.

Um investidor que busca a maior diversificação possível tem uma pequena fatia (coisa de 5%) dos seus recursos em bitcoin, para expor-se ao potencial de valorização de forma que uma perda total não lhe machuque.

Antes de decidir “investir” nesta (ou qualquer outra) classe de ativos é imprescindível reconhecer em qual dos grupos acima você se enquadra.

Adicionalmente, os seus objetivos e demais investimentos são detalhes que dizem muito sobre você e não podem ser ignorados nessa decisão.

Isto posto, vou expor agora como eu entendo e uso cripto-moedas:

O que motivou a criação do bitcoin

A primeira cripto-moeda – o bitcoin – nasceu de insatisfações com as consequências da crise de 2008.

Naquela época vários governos ao redor do mundo, a começar pelo norte-americano, resolveram imprimir dinheiro em quantidades cavalares para conter a crise.

Primeiro ponto: O dinheiro fiduciário (impresso por governos) tem uma credibilidade questionável, visto que seu valor pode ser destruído por más decisões políticas.

Como dar valor a uma coisa que pode ser impressa em massa a qualquer momento?

Segundo ponto: os mais beneficiados pela resposta à crise (impressão de dinheiro) foram os bancos e grandes empresas – os causadores da crise – pois viram suas ações aumentarem de valor.

Já cidadão de classe média viu seu salário perder poder de compra, diante da inflação gerada pelas medidas.

O bitcoin veio com o intuito de ser uma moeda confiável, que nenhum presidente vai mandar imprimir pra resgatar seu mandato. É como se fosse um “ouro artificial”.

Na prática, esse objetivo é garantido pelos fatores a seguir:

  • O único jeito de “produzir” bitcoin é através de mineração (conectar um computador à rede para servir ao sistema);
  • A cada ano que passa fica mais difícil minerar, pois esses computadores conectados são remunerados com menos bitcoins;
  • Escassez: no protocolo existe um limite de 21 milhões de unidades da moeda. Jamais existirá mais do que isso em circulação.

Hoje existem milhares de cripto-ativos diferentes, embora a lógica acima seja em certa medida compartilhada por todos.

Como eu uso bitcoin

Na minha leitura, o bitcoin e outros cripto-ativos são sim uma aposta em multiplicação de capital.

Porém, o mais importante: são um seguro contra um colapso financeiro, nacional ou global.

Nós temos o hábito de dizer que “os preços estão subindo”. Mentira! O valor de um tomate, da gasolina ou de uma cesta básica nunca mudou.

Na verdade, é o nosso dinheiro que está “caindo“!

Quanto mais dinheiro se imprime, menos ele vale, pois a quantidade de bens de consumo no supermercado permanece a mesma.

Depois da pandemia de 2020 (e outras crises), o mundo inteiro enfrenta um surto de inflação.

E a prova cabal disso é o aumento dos preços dos alimentos, dos combustíveis, das ações e dos cripto-ativos.

Isto é, a queda do nosso dinheiro!

Então, voltando a falar de investimentos, a atitude de guardar 100% das economias na poupança (supostamente conservadora) é a pior coisa a se fazer num cenário como o que vivemos. Pois é justamente o dinheiro está ameaçado!

Um investidor que divide seus recursos entre renda fixa, ações e até cripto-moedas é o mais protegido, pois não está com todos os ovos na mesma cesta.

Concluindo: o dinheiro é um investimento tão frágil quanto qualquer outro.

Eu uso ouro e cripto-moedas como um seguro contra a inflação, e de brinde tenho a possibilidade multiplicação o capital investido.

Bitcoin, cripto-ativos, gamecoins, smartcoins, DeFi são opções que ajudam a diversificar os investimentos em cripto-ativos.

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