Próspero 2017, e olhando pra frente!

Sim, fiz questão de publicar uma mensagem apenas NO ano novo, já em 2017, até para não me misturar com o tanto de coisa que chegou em suas caixas de entrada durante as épocas festivas. Um dos motivos da baixa frequência de posts em Contrato PJ é que o assunto é escasso. Não tem cabimento eu ficar inventando motivos para alimentar o blog (apesar das boas práticas de SEO) sem ter nada relevante para compartilhar.

Trabalho PJ em 2017

A ideia aqui é que os leitores usem o blog e materiais como um guia (para consulta) sobre como atuar nas profissões pejotizadas. Passadas as comemorações, vou tentar traçar um panorama das perspectivas econômicas e de emprego, com base em tudo o que tenho lido. Esse é meu convite para olharmos adiante, com pouco ou nenhum foco no desastre pregresso.

Ponto de Inflexão: Em matemática, ponto de inflexão é quando o resultado de uma função deixa de ser negativo para ser positivo. Ou seja, troca o sinal. Em termos estritamente econômicos, não resta dúvida de que o Brasil passou por isso no ano passado. Troca de governo, reformas, responsabilidade fiscal, conduções coercitivas (…), revés da inflação, sinais da bolsa de valores, e uma série de indicadores econômicos mostram que o país passou pelo fundo do poço, e está criando meios para voltar a crescer sustentavelmente.

Ponto de Inflexão, porém: De fato, bem no final do ano o noticiário político-econômico começou a azedar… As previsões de alguns dos vários indicadores (PIB, etc.) pararam de melhorar para recuar. Na minha visão, compartilhada por vários economistas a quem admiro muito, duvido que isso signifique mais do que uma correção do otimismo exagerado do momento anterior.

Empregos: Quase todo jornalista especializado repete “O emprego é o último a se recuperar de uma crise”, e de fato isso tem acontecido. As estatísticas oficiais de emprego e taxa de ocupação (PME e PNAD, divulgadas pelo IBGE) separam os trabalhadores em dois grupos: os com carteira assinada (CLT) e os “informais”. Vale lembrar que essa estatística não mede a rotatividade do pessoal. Mesmo em crise, há empresas demitindo funcionários para substituí-los, e não para cortar custo. Também há profissionais trocando de emprego por vontade própria; vi vários no ano passado.

Empregos PJ: A principal característica das profissões pejotizadas é os altos salários, normalmente devido à escassez de mão de obra. No meu campo de atuação, em particular, não tenho visto ninguém ficar desempregado mais do que poucos meses. Sempre tem aquela “consultoria” precisando de um “recurso” para integrar um “time” de um certo “projeto”. Talvez não seja possível conseguir uma longa alocação, mas convenhamos, é melhor alguns meses do que nada. Para quem está ocioso, abaixo relato a combinação dos principais métodos de se arrumar emprego:

  • Assinar um serviço pago de recolocação bem conhecido, pelo menos por um mês, e usá-lo à exaustão;
  • Fazer contato, via email e LinkedIn, com recrutadores de todas as consultorias e outsourcing que for possível encontrar no Google;
  • Passar oito horas por dia nas dicas acima.

Meus votos para esse ano são, não somente que vocês realizem seus sonhos e projetos pessoais, mas que sua busca traga o máximo de aprendizado e crescimento possível para que, quando seus desejos chegarem, haja condições de conservá-los para sempre!

Se vocês têm alguma dúvida ou desejam ler sobre algum tema inerente a profissões pejotizadas e afins, que ainda não abordamos no blog, por favor, mandem-nos um email!

PS: Evitei ficar expondo números e percentuais, pois detesto ler textos que o fazem. Para quem quiser informações mais precisas, segue links abaixo:

PNAD: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3351

Relatório Focus: https://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20161230.pdf

Balanço do IBovespa: http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5966726/ibovespa-sobe-tem-melhor-ano-desde-2009-puxado-por-commodities